Devido ao grande desenvolvimento e progresso feito pelos Seres Humanos, a vida na Terra foi desiquilibrada e desestruturada, de tal forma, que hoje nós precisamos nos organizar e propor medidas sustentáveis de reverter essa situação. A busca de um modelo de desenvolvimento sustentável e de sua conseqüente implantação já ocorre há algumas décadas, alicerçadas na visão crítica da organização da sociedade humana e impulsionada pelos diversos problemas de caráter ambiental e social, tais como o aquecimento global, a ocorrência de grandes populações que vivem em condições de profunda pobreza e a má distribuição da riqueza natural e humana.“Neste contexto, o modelo do desenvolvimento sustentável deve ser capaz não só de contribuir para a superação dos atuais problemas, mas também de garantir a própria vida por meio da proteção e manutenção dos sistemas naturais que a tornam possível. Esses objetivos implicam a necessidade de profundas mudanças nos atuais sistemas de produção, organização da sociedade humana e de utilização de recursos naturais essenciais à vida no planeta.” Para isso, é particularmente importante ressaltar a adoção de soluções locais para a questão da sustentabilidade. Soluções essas que, integradas por soluções regionais e de caráter global, e condicionadas pela forte interdependência dos diversos atores na teia da vida reforçam o pensamento ecológico do ‘ agir localmente, pensar globalmente’. Os valores que sustentam o paradigma do desenvolvimento ainda vigente na sociedade atual dão exagerada ênfase ao crescimento econômico, o que frequentemente implica a exploração descontrolada dos recursos naturais, no uso de tecnologias de larga escala e no consumo desenfreado, cujos resultados apresentam fortes aspectos ecologicamente predatórios, socialmente perversos e politicamente injustos.
Para amenizar esses problemas e implantar uma estratégia de desenvolvimento, baseada na sustentabilidade, deve-se considerar um paradigma que englobe dimensões políticas, econômicas, sociais, tecnológicas e ambientais. Um pilar básico desse paradigma é, portanto, a visão sistêmica do trajeto humano.Essa visão sistêmica permite uma maior flexibilidade de idéias, já que requer uma abordagem multidisciplinar, na qual ciências naturais e do comportamento se fertilizam na busca de um equilíbrio dinâmico e harmônico. È importante ressaltar, o papel da educação em seu sentido mais amplo, o de valorização do ser humano, de conscientização ambiental e capacitação para uma atuação efetiva no complexo debate sobre desenvolvimento sustentável.“ Dentro dessa visão, um sistema baseado no uso racional de recursos renováveis, na reciclagem de materiais, na distribuição justa dos recursos naturais e no respeito a todas as formas de vida, oferece uma solução com equilíbrio dinâmico e harmônico entre o ser humano e a natureza...” ( Baseado na leitura de Energia, Recursos Naturais e a Prática do Desenvolvimento Sustentável (de Lineu B.Reis, Eliane A. Fadigas e Claudio E. Carvalho).
Refletindo e pensando nessas questões passei a julgar de grande relevância a abordagem desses temas transversais na proposta curricular das matérias que leciono, Filosofia, Sociologia e História. Com o objetivo de democratizar essas informações, conscientizando e sensibilizando meus alunos da demasiada importância dessas questões para o equilíbrio de nossas florestas, animais e plantas.
<<< Professora Cristine Takuá >>>
