A Escola Estadual Indígena Txeru Ba’ fez 432 pontos no ENEM. O que significam estes 432 pontos se lembrarmos que é a primeira participação da Txeru Ba' num exame elaborado para estudantes de escolas com ensino regular e com tradição de participação ENEM? É sempre complicado medir com a mesma régua realidades diferentes. Para os que não conhecem a realidade da escola significa apenas o último lugar na tabela, mas para os 10 alunos indígenas que fizeram a prova foi uma grande conquista. De acordo com Marcelo Werá, os alunos só fizeram a prova porque foram muito incentivados pelos professores não-indígenas. Para estes meninos e meninas o ano de 2010 foi um ano de grande vitória. Esta foi a primeira turma de Ensino Médio do Estado de São Paulo formada em escola indígena. Antes da existência da escola dentro da aldeia os alunos precisavam caminhar até uma sala vinculada na escola mais próxima, em Boracéia. A Txeru Ba’ possui ensino intercultural e bilíngüe com currículo diferenciado que inclui conteúdos do ensino regular e da Cultura Guarani. A participação dos alunos no ENEM teve como objetivo obter pontuação para os vestibulares, meta alcançada pelo aluno Vilmar, que prestou vestibular na Universidade Federal de São Carlos e está cursando a Faculdade de Audiovisual. Outros seis alunos indígenas, hoje são professores na própria escola e participam de formação continuada oferecida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Portanto, o último lugar na lista do ENEM não significa para este grupo uma derrota, mas sim que com a luta de toda a comunidade indígena, a Aldeia Rio Silveira conquistou a instalação de uma escola de Ensino Médio, com professores indígenas e não-indígenas que possuem muita força de vontade e dignidade para lutar pelas melhorias que ainda se fazem necessárias. Continuaremos sempre na luta!!! Como os tradicionais Guerreiros Guarani!!!
Parabéns vencedores, vocês conquistaram não o último lugar no Enem, mas sim o primeiro em destacar alunos como o Vilmar que com a pontuação no próprio Enem conquistou o seu lugar na UFSCAR, o que muitos alunos do Ensino Regular não conseguiram.Estou orgulhosa com todos vocês, pois não temeram em participar e com certeza não desistiram dos próximos. Avante tradicionais Guerreiros Guarani!!!!!!
ResponderExcluirEu amo esta escola e tenho muito orgulho dos primeiros alunos de Ensino Médio formados em escola Indígena do Estado de São Paulo.Parabéns pela coragem!!!Não se intimidem por aqueles que não compreendem nossa luta. Parabéns a toda equipe: Diretora, professores e alunos!!!!Amo vocês!!!!
ResponderExcluirProfessora Coordenadora Silvane Silva Norte
Pessoal, posto aqui um comentário enviado para o meu email da Vera Suzuki Higa: "Meu interesse pela comunicade Tupi Guarani teve inicio quando assisti os comentarios do filme As Missoes. Quando vi a reportagem da Globo, fiquei muito indignada com o enfoque da jornalista. Pois achei que deveria ser mais focada pelo construtivo. Me deixou com vontade de ajudar. Depois de conversar com algumas pessoas e conhecer mais a historia de todos, fiquei contente pois fiquei sabendo de todo o caminho percorrido por todos, a comunidade, os alunos, professores e lutadores pelo ensino. Espero que a cada ano que passe possa ver sempre o nome da escola no Enem e dos alunos nas faculdades que queiram cursar. Que conquista! Deixo aqui meu contato pois, se tiver alguma oportunidade para ajudar, gostaria de fazer parte deste time de vencedores!! Vera Suzuki Higa" (vehiga@hotmail.com)
ResponderExcluirVejam a mensagem da Diretoria de Ensino de Franca para a EEI Txeru Ba':
ResponderExcluir"A Diretoria de Ensino-Região de Franca parabeniza a Diretoria de Ensino-Região de Santos e em especial a Escola Estadual Indígena Txeru Ba pela participação no ENEM.
É feito histórico que dignifica o Brasil, represenatdo por esta nação indígena.
Atenciosamente,
Ivani de Lourdes Marchesi de Oliveira
Dirigente Regional de Ensino"
Olha o comentário do Antonio Tomiyama, no Facebook:
ResponderExcluir"O sucesso é uma jornada, não um destino. A ação é geralmente mais importante que o resultado. Nem todo mundo pode ser o Número 1." Frase de Arthur Ashe.
Penso que a Escola indígena tem um ensino diferenciado e o exame deveria também ser diferenciado."